E-Learning ou e-Training?
Alceu Costa Junior
Alceu Costa Junior Formado em Publicidade com especialização em Marketing Internacional pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), área em que iniciou sua carreira aos 18 anos de idade, e que se dedicou por 10 anos, trabalhando para o grupo multinacional alemão Mannesmann, em São Paulo, e em Duesseldorf, na Alemanha. Em 1994, voltou a origem de sua formação e aprofundou seus conhecimentos em Direção de Cena e Direção de Fotografia. Assim, com a experiência adquirida, em 1995, fundou a Take 5 Filmes – empresa focada em produções corporativas. Este fato fez com que o executivo se tornasse um dos pioneiros na utilização de recursos digitais de edição e finalização no segmento de produções. Entre outras atividades, desde 1998, dirige uma equipe dedicada a técnicas de compressão de vídeo para utilização em meios digitais. Nos últimos três anos especializou-se na direção de testemunhais; dirigiu e produziu mais de 30 filmes no Brasil, México, Colômbia, Peru, Chile e Argentina. Em 2006, lançou as ferramentas VideoMailing, VídeoBanner e a Solução E-Training, uma ferramenta de treinamento a distancia baseada na utilização de aulas em vídeos hoje amplamente aplicada no treinamento on-line de canais de distribuição e vendas em toda a América Latina. Em 2007, junto aos sócios Ricardo Franco e Luciano Valença, deu início a uma inédita plataforma de digitalização e gerenciamento de conteúdos de vídeo totalmente on-line denominada GlobalCast – Secure Online Media.
A globalização separou o aprendiz do professor, tanto física como temporalmente. Hoje é possível que se aprenda sem estar fisicamente no mesmo local do instrutor e tampouco no mesmo momento. Esse recurso, conhecido como Ensino a Distância - EAD ou e-Learning -, vem sendo amplamente adotado por instituições acadêmicas e cobiçado por corporações que precisam treinar seus funcionários, sua força de vendas, seus representantes de maneira unificada e vencendo barreiras territoriais intercontinentais.
Mas será que os recursos de e-Learning são adequados para treinamentos nos quais, na maioria das vezes, o grande interessado no processo é a corporação e não o treinando? A resposta é: não. Da mesma forma que se estabeleceu o e-Learning para o Ensino a Distância (EAD), é preciso que se estabeleça o e-Training para o Treinamento a Distância (TaD).
O e-Training deve ser mais interativo, deve aplicar com propriedade os recursos de multimídia, valendo-se de todas as inovações possíveis para tornar o treinamento mais agradável e, sobretudo, respeitando os conceitos e premissas desse importante instrumento de comunicação corporativa.
Relação próxima com o treinador - Estabelecer uma relação próxima do instrutor com o treinando é primordial. O mundo digital carece de calor humano. Assim, é preciso lançar mão de recursos como uma apresentação em vídeo do treinador para que este ganhe vida. A identificação vai garantir que o aluno encare de forma muito mais positiva o assunto apresentado. Seja pela sua qualidade ou pela propriedade com a qual o professor o apresenta.
Participação interativa - Um erro comumente cometido no e-Learning é a falta de possibilidade de interação e participação ativa. Em um treinamento corporativo, é muito importante que o treinador seja real e acessível ao treinando; como se ele pudesse levantar a mão e fazer uma pergunta. Para isso, a possibilidade de interação entre ambos tem que ser garantida de forma que o aluno possa postar perguntas, dúvidas e comentários através de mecanismos como fóruns, blogs ou chats. E ainda mais importante, que estes sejam respondidos com agilidade pelo próprio palestrante ou por alguém que o represente.
Conteúdo atual e dinâmico - A retenção do conteúdo apresentado em um treinamento presencial está em grande parte relacionada à forma como é transmitido e ao seu ineditismo. No e-Training não é diferente. Pelo contrário, por não depender de um evento físico, espera-se que seja atualizado com mais agilidade e frequência. As apresentações devem ser dinâmicas e cativantes. Os recursos multimídia disponíveis atualmente nos permitem mostrar diagramas e gráficos de formas muito mais atrativas que um simples slide estático. Em um ambiente digital, espera-se que estes recursos sejam utilizados sempre que possível.
Flexibilidade de acesso - Segurança é palavra de ordem em qualquer corporação minimamente organizada, especialmente quando se trata do mundo digital. Por isso, é fundamental que as ferramentas utilizadas não dependam de qualquer instalação de aplicativos ou de um ou outro sistema operacional que possa desencorajar ou até discriminar o usuário. Ele quer ser livre e quer que as coisas funcionem como se promete. A boa experiência do treinando desde o primeiro contato com a ferramenta é condição para sua permanência e pode virar um grande trunfo para a empresa no futuro da sua comunicação com ele.
Motivação premiada - É comum a inclusão de diversos mecanismos de premiação ou estímulo aos participantes de eventos presenciais, desde recursos visuais altamente elaborados, até a distribuição de prêmios por participação. Essa prática também não deve ser menosprezada nos e-Trainings. A verificação do conteúdo treinado - prova - pode tornar-se um mecanismo de premiação. Um bom certificado de conclusão pode ser mais interessante que um kit com caneta e bloquinho de rascunho.
Estatísticas gerenciais - Por fim, para uma empresa é muito importante poder mensurar o retorno dos investimentos realizados, inclusive com treinamentos. Os tão atuais mecanismos de Business Intelligence trazem consigo ferramentas extremamente poderosas de análise de eficiência dos recursos aplicados. Por isso é necessário que a ferramenta a ser utilizada para o e-Training de uma corporação tenha recursos flexíveis das estatísticas de acesso e participação em tempo real. Assim, cada passo pode ser monitorado de forma gerencial e não apenas estatística.
O acesso à banda larga vem crescendo exponencialmente no mundo inteiro e notadamente no Brasil. Os conteúdos multimídia estão cada vez mais familiares aos usuários e, por motivos culturais, o vídeo é o que mais os atrai. Estudos internacionais mostram que a utilização do vídeo on line, podcasts, blogs, fóruns e comunidades nas estratégias de comunicação das empresas é cada vez mais importante. Esse, portanto, é um caminho sem volta.
Diante desse cenário, as corporações devem atentar para as sutis diferenças, como aquelas entre e-Learning e e-Training. Embora possam parecer semelhantes, algumas particularidades podem ser fatores determinantes para o sucesso da iniciativa e o nível de especialização atingido por esse mercado permite aos dirigentes escolherem as ferramentas certas para cada caso.
Alceu Costa Junior
Alceu Costa Junior Formado em Publicidade com especialização em Marketing Internacional pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), área em que iniciou sua carreira aos 18 anos de idade, e que se dedicou por 10 anos, trabalhando para o grupo multinacional alemão Mannesmann, em São Paulo, e em Duesseldorf, na Alemanha. Em 1994, voltou a origem de sua formação e aprofundou seus conhecimentos em Direção de Cena e Direção de Fotografia. Assim, com a experiência adquirida, em 1995, fundou a Take 5 Filmes – empresa focada em produções corporativas. Este fato fez com que o executivo se tornasse um dos pioneiros na utilização de recursos digitais de edição e finalização no segmento de produções. Entre outras atividades, desde 1998, dirige uma equipe dedicada a técnicas de compressão de vídeo para utilização em meios digitais. Nos últimos três anos especializou-se na direção de testemunhais; dirigiu e produziu mais de 30 filmes no Brasil, México, Colômbia, Peru, Chile e Argentina. Em 2006, lançou as ferramentas VideoMailing, VídeoBanner e a Solução E-Training, uma ferramenta de treinamento a distancia baseada na utilização de aulas em vídeos hoje amplamente aplicada no treinamento on-line de canais de distribuição e vendas em toda a América Latina. Em 2007, junto aos sócios Ricardo Franco e Luciano Valença, deu início a uma inédita plataforma de digitalização e gerenciamento de conteúdos de vídeo totalmente on-line denominada GlobalCast – Secure Online Media.
A globalização separou o aprendiz do professor, tanto física como temporalmente. Hoje é possível que se aprenda sem estar fisicamente no mesmo local do instrutor e tampouco no mesmo momento. Esse recurso, conhecido como Ensino a Distância - EAD ou e-Learning -, vem sendo amplamente adotado por instituições acadêmicas e cobiçado por corporações que precisam treinar seus funcionários, sua força de vendas, seus representantes de maneira unificada e vencendo barreiras territoriais intercontinentais.
Mas será que os recursos de e-Learning são adequados para treinamentos nos quais, na maioria das vezes, o grande interessado no processo é a corporação e não o treinando? A resposta é: não. Da mesma forma que se estabeleceu o e-Learning para o Ensino a Distância (EAD), é preciso que se estabeleça o e-Training para o Treinamento a Distância (TaD).
O e-Training deve ser mais interativo, deve aplicar com propriedade os recursos de multimídia, valendo-se de todas as inovações possíveis para tornar o treinamento mais agradável e, sobretudo, respeitando os conceitos e premissas desse importante instrumento de comunicação corporativa.
Relação próxima com o treinador - Estabelecer uma relação próxima do instrutor com o treinando é primordial. O mundo digital carece de calor humano. Assim, é preciso lançar mão de recursos como uma apresentação em vídeo do treinador para que este ganhe vida. A identificação vai garantir que o aluno encare de forma muito mais positiva o assunto apresentado. Seja pela sua qualidade ou pela propriedade com a qual o professor o apresenta.
Participação interativa - Um erro comumente cometido no e-Learning é a falta de possibilidade de interação e participação ativa. Em um treinamento corporativo, é muito importante que o treinador seja real e acessível ao treinando; como se ele pudesse levantar a mão e fazer uma pergunta. Para isso, a possibilidade de interação entre ambos tem que ser garantida de forma que o aluno possa postar perguntas, dúvidas e comentários através de mecanismos como fóruns, blogs ou chats. E ainda mais importante, que estes sejam respondidos com agilidade pelo próprio palestrante ou por alguém que o represente.
Conteúdo atual e dinâmico - A retenção do conteúdo apresentado em um treinamento presencial está em grande parte relacionada à forma como é transmitido e ao seu ineditismo. No e-Training não é diferente. Pelo contrário, por não depender de um evento físico, espera-se que seja atualizado com mais agilidade e frequência. As apresentações devem ser dinâmicas e cativantes. Os recursos multimídia disponíveis atualmente nos permitem mostrar diagramas e gráficos de formas muito mais atrativas que um simples slide estático. Em um ambiente digital, espera-se que estes recursos sejam utilizados sempre que possível.
Flexibilidade de acesso - Segurança é palavra de ordem em qualquer corporação minimamente organizada, especialmente quando se trata do mundo digital. Por isso, é fundamental que as ferramentas utilizadas não dependam de qualquer instalação de aplicativos ou de um ou outro sistema operacional que possa desencorajar ou até discriminar o usuário. Ele quer ser livre e quer que as coisas funcionem como se promete. A boa experiência do treinando desde o primeiro contato com a ferramenta é condição para sua permanência e pode virar um grande trunfo para a empresa no futuro da sua comunicação com ele.
Motivação premiada - É comum a inclusão de diversos mecanismos de premiação ou estímulo aos participantes de eventos presenciais, desde recursos visuais altamente elaborados, até a distribuição de prêmios por participação. Essa prática também não deve ser menosprezada nos e-Trainings. A verificação do conteúdo treinado - prova - pode tornar-se um mecanismo de premiação. Um bom certificado de conclusão pode ser mais interessante que um kit com caneta e bloquinho de rascunho.
Estatísticas gerenciais - Por fim, para uma empresa é muito importante poder mensurar o retorno dos investimentos realizados, inclusive com treinamentos. Os tão atuais mecanismos de Business Intelligence trazem consigo ferramentas extremamente poderosas de análise de eficiência dos recursos aplicados. Por isso é necessário que a ferramenta a ser utilizada para o e-Training de uma corporação tenha recursos flexíveis das estatísticas de acesso e participação em tempo real. Assim, cada passo pode ser monitorado de forma gerencial e não apenas estatística.
O acesso à banda larga vem crescendo exponencialmente no mundo inteiro e notadamente no Brasil. Os conteúdos multimídia estão cada vez mais familiares aos usuários e, por motivos culturais, o vídeo é o que mais os atrai. Estudos internacionais mostram que a utilização do vídeo on line, podcasts, blogs, fóruns e comunidades nas estratégias de comunicação das empresas é cada vez mais importante. Esse, portanto, é um caminho sem volta.
Diante desse cenário, as corporações devem atentar para as sutis diferenças, como aquelas entre e-Learning e e-Training. Embora possam parecer semelhantes, algumas particularidades podem ser fatores determinantes para o sucesso da iniciativa e o nível de especialização atingido por esse mercado permite aos dirigentes escolherem as ferramentas certas para cada caso.
Postado por Leslie Messias, Sócia administradora da EVENTUAL *flex - Búzios